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quarta-feira, 29 de julho de 2009

"A morte" - Paixão acesa, 2009, Marília Rodriges Alencar.

As flores
Num caixão.
No cemitério,
Solidão.

A morte vem,
Não avisa,
Não quer saber
De quem ficou.

Não diz quando chega.
Não sei se há luz,
Se há trevas,
Escuridão...

É um mistério,
Um encontro
Com Deus
Ou com o diabo...

Não pede licença
Para aparecer
Acabando sonhos,
Fazendo sofrer...

Na noite escura,
Corujas a piar,
Pessoas na rua
Aguardam a morte
Chegar...

"Amo" - Paixão acesa, 2009, Marília Rodrigues Alencar.

Amo
Somente!
Amo
Pra sempre!
Sou sua...
De corpo, de alma...
Doei meu coração
Não sei me repartir
Nasci pra você!
Não tem por quê!
Amo com o coração
Não há explicação!

"Amor" - Paixão acesa - 2009 - Marília Rodrigues Alencar.

Deitada em minha cama
Muito bem acompanhada
A paixão em chama
Acende o fogo do desejo.

Homenagem aos pais - "Paizinho querido" - de Marília Rodrigues Alencar - da obra: Paixão acesa - 2009.

Paizinho, meu queridinho,
Quero logo lhe falar
Não há pai melhor no mundo
Não há outro em nenhum lugar!

E, de todo meu coração,
Com emoção quero dizer
Vida e paixão semeia você
Prega a fé em Deus e entre irmãos!

É um pai muito amoroso
Atencioso e correto
Não há ninguém assim tão certo
Nada me falta, nem um pouco!

Pois, assim, quero fechar:
Abrindo todo meu coração
Para sempre vou amá-lo
Desejo saúde, sorte, união!

domingo, 12 de julho de 2009

Alagoas - Nova poesia de Marília Rodrigues Alencar

Um estado
de miséria,
de pobreza,
de desordem!

Porém,
de uma natureza
tão rica,
diria até nobre!

Terra de muitas águas,
mares azuis,
Lagoa Mundaú!

Cheia de um coqueiral
E um povo festeiro,
sem igual!

Gente simples
mas de um grande
coração!

Estado pequeno
mas de muita
curtição!

Piranhas - Poesia nova de Marília Rodrigues Alencar

Um minuto
nesta terra
Um minuto
a refletir...

Nesta cidade
entre montes
com estrelas
a luzir!

No final,
há o São Francisco
Acima,
o mirante!

Do mirante
vê-se o rio
e a cidade inteira
brilhante!

O sobrado,

a igrejinha,
estas casas
de lapinha!

Parece
um desenho
um quadro
uma maquete!

Deus,
quando a pintou,
Deveria estar
inspirado!

Pois, criou
uma bela cidade
tal como um mundo
encantado!

"Febre" - De Marília Rodriges Alencar. Inverno de 2009.

Ando triste
Nem sei porque
Desconfio ser saudade
de você...

Ardo em febre
Sinto calafrio
Por estar só
a ver navio...

Sinto falta
Do seu abraço
Do seu amasso...

Fico a lembrar
Do seu jeitinho
Do seu carinho...

Rio em flor de janeiro - um trechinho da poesia de Carlos Drummond de Andrade

"A gente passa, a gente olha, a gente pára
e se extasia.
Que aconteceu com esta cidade
da noite para o dia?
O Rio de Janeiro virou flor
nas praças, nos jardins dos edifícios,
no Parque do Flamengo nem se fala:
é flor é flor é flor
uma soberba flor por sobre todas,
e a ela rendo meu tributo apaixonado.

...

Isto é janeiro e é Rio de Janeiro
janeiramente flor por todo lado.
Você já viu? Você já reparou?
Andou mais devagar, para curtir
essa inefável fonte de prazer:
a forma organizada
rigorosa
esculpintra da natureza em festa, puro agrado
da Terra para homens e mulheres
que faz do mundo obra de arte
total universal, para quem sabe
( e é tão simples)
ver?"

O tempo passa? Não passa - Carlos Drummond de Andrade

O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

São mitos do calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.

domingo, 5 de julho de 2009

"Saudades eu sinto do seu olhar, saudades do seu sorriso, do seu tocar...
Não vejo a hora de você chegar, voltar aos meus braços para eu poder beijá-lo...
E sussurrar ao seu ouvido mais uma vez que meu amor é tão grande, quase uma insensatez...
Insensatez não é porque tudo é real... Amo você pra sempre! Você é especial...
E, quero, finalmente, abrir meu coração: Dizer que estou o esperando, para doar-me com paixão!" - Marília Rodrigues Alencar. 04.07.09

William Shakespeare

"O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno."
William Shakespeare.

Infinito particular - Arnaldo Antunes, Marisa Monte e carlinhos Brown

"Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Não vê, tá na cara,
Sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular.

Meu amanhã - Lenine

"Ela é minha delícia
O meu adorno
Janela de retorno
Uma viagem sideral
Ela é minha sina
O meu cinema
A tela da minha cena
A cerca do meu quintal
Minha meta, minha metade
Minha seta, minha saudade
Minha diva, meu divã
Minha manha, meu amanhã
Ela é minha bela
Meu brinquedo
Minha certeza, meu medo
É meu céu e meu mal
Ela é o meu vício
E dependência
Incansável paciência
E o desfecho final
Meu fá, minha fã
A massa e a maçã
Minha diva, meu divã
Minha manha, meu amanhã
Meu lá, minha lã
Minha paga, minha pagã
Meu velar, meu avelã
Amor em Roma, aroma de romã
O sal e o são
O que é certo, o que é sertão
Meu Tao, e o meu tão...
Nau de Nassau, minha nação". De Lenine.

FERNANDO PESSOA

"Há um tempo
Em que é preciso abandonar as roupas usadas,
Que já têm a forma do nosso corpo,
E esquecer os velhos caminhos,
Que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia:
E, se não ousarmos fazê-la,
Teremos ficado, para sempre,
À margem de nós mesmos."