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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sim! Nova Poesia de Marília Rodrigues Alencar

Sim!
Eu digo sim!
Ao amor, à vida,
Ao brilho, ao prazer!
À luta pela paz,
Ao fim do preconceito,
À saúde, aos animais!
Ao trabalho honesto,
Ao amigo do peito...
Digo sim!
À família,
À religião,
Às raças,
À união!
Ao flamengo,
Ao CSA,
Ao Brasil,
Ao Ceará!
Digo sim!
À Floresta Amazônica,
Às matas,
Ao pantanal...
Digo sim
À natureza,
Ao amor
Incondicional!
Ao papai,
À mamãe,
Ao vovô
E à vovó!
E aos filhos
Que virão
Digo sim
Com um sorrisão...

Não... Poesia nova de Marília Rodrigues Alencar

Não me peça palavras
Já não sei me expressar
Não me peça provas
Que não posso dar
Não me peça carinho
Que tudo já lhe ofertei
Não me dê espinhos
Com todo amor que te dei
Não me peça explicação
Do que não sei explicar
Não me peça perdão
Não há nada a perdoar
Não me peça um abraço
Pois mais que isso te dou
Não me peça um amasso
Quero mais que uma noite de amor!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Amore - Do livro Paixão acesa - 2009 - Marília Rodrigues Alencar - A Antunes.

Amore

Amore
Que quero bem
Como a ninguém!

Amore
Fez-me sorrir
Ser feliz!

Sentir-me amada
Mulher saciada
Menina acanhada...

Um pouco menina
Um pouco mulher
De bem com a vida!

Com a sorte grande
Ganhei você
Em meu viver!


Quero ser - Do livro Paixão acesa - 2009 - Marília Rodrigues Alencar - À Rosiane Rodrigues.

Quero ser

Quero ser
Como você
Mãe na essência
Menina na face
Mulher no ser!

Quero ser
Talentosa assim
Saber escrever
Saber viver
Cuidar de mim!

Quero ser
Amada e amiga
Ser admirada
Viver encantada
Por ser sua filha!

Lua Cheia - Marília Rodrigues Alencar - Do livro Paixão acesa - 2009

Lua cheia

Noite de lua cheia
A rua clareia
O sexo aflora
Mulher vira sereia
Homem, lobisomem
Loucos, mais loucos
Corações sensíveis
Lágrimas escorregam
Choro corre solto
Timidez tem fim
Sorrisos viram gargalhadas
Os mudos tornam-se calados
Os calados, tagarelas
Os tagarelas, ninguém agüenta
O mundo vira pelo avesso
E só volta ao seu lugar
Quando a lua cheia passar...

Aniversário de Marília - Evaldo moreira - 2007

Aniversário de Marília
(Evaldo Moreira 2007)



Numa vasta cabana de um local
Chamada de Massayó
Nasceu num fim de outono e começo de inverno uma flor...
O tempo passou
A Massayó e suas lagoas
Cresceu de certa forma formosa
Sendo chamada de Maceió,
E a flor???


A flor cresceu, floresceu
A menina virou mulher
E novo horizonte buscou.


Não sei, se Lila, que mais nada adianta sabê-la
Pois que já estais em outro momento
E os peixes hão de beber por ti
Quando as águas das belas lagoas aparecerem...


Aqui, só o mar sabe seus últimos segredos...
Alencar, é sobrenome, e este é de famílias e
A hora é de nome curto,
Fácil, gostoso...


Marília, são muitas que não se dizem,
Mas não enganam
Lila, caprina, pulante, errante, de fala arrastada
Que nem as costas ricas dos grandes centros
Fizeram a mudar.


Lila menina, melina
Teu nome é mais que nome, teu nome é hino
Pois nesta data tão bela
Seus amigos, seus amores, suas paixões
Hão de gritar bem alto
Pra que o mundo possa ouvir
Que numa data igual a esta
Nasceu para os pais, os irmãos e amigos
E também para mim
Uma linda menina, que simplesmente chamamos de
------ L I L A --------

Ser poeta - Florbela Espanca

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Soneto de fidelidade - Vinícius de Morais

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes com tal zelo e sempre e tanto
Que mesmo em face do meu maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive):
Que seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

O auto-retrato - Mário Quintana

"No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas
de que nem há muita lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,

no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco! "

Rifa-se um coração - Clarice Lispector

Rifa-se um Coração – Clarice Lispector

Rifa-se um coração quase novo.Um coração idealista.Um coração como poucos.Um coração à moda antiga.Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado,muito machucado e que teima em alimentar sonhos e cultivar ilusões.Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quandoescreveu... "...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que euespero...".Um idealista... Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.Esse coração que erra, briga, se expõe.Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.Este coração tantas vezes incompreendido.Tantas vezes provocado.Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo,defendendo-se das emoções.


Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e se recusa a envelhecer"

Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.Um órgão mais fiel ao seu usuário.Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.

Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.Um simples coração humano.Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.Um modelo cheio de defeitos que mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.

Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter apetulância de se aventurar como poeta.

Anjo de mim - De Rosiane Rodrigues - A tentação do Anjo - 2001

Anjo de mim

até quando serás
a outra metade de mim?
até quando terás
certeza de amor sem fim?

podes sofrer ou sorrir
enlaçados desejos
e não conseguir medir
força vital dos medos

tantas vezes insegura
tão longe e tão perto,
numa vida obscura
de um futuro incerto