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sábado, 28 de novembro de 2009

O que fazer? - Marília R. Alencar.

O que fazer
Com meu coração
Que só vive
A palpitar de emoção,
De amor, de paixão,
De saudade de você?

O que fazer
Com meus pensamentos
Que insistem
Em navegar em seus beijos,
Seu carinho, seu jeitinho,
E em todos os nossos momentos
juntinhos?

O que fazer
Com meu corpo
Que treme ao vê-lo chegar
Que sua ao se aproximar
E que anseia por estar de novo
Em seus braços?

O que fazer
Com minha pessoa
Que ama você
infinitamente
e que não consegue mais
em minutos de solidão
e em todos os segundos do meu viver
Parar de pensar em você?

Você - Marília Rodrigues Alencar

Quando vejo as estrelas
Penso em você
Quando avisto a lua
Quero ver você!
Quando a noite cai
Me vem uma saudade
Lembro do seu rosto,
Seu corpo, que beldade!
Lembro dos momentos
Que vivemos
Lado a lado
E só peço a Deus
Que o dia amanheça
E que chegue logo
Nosso reencontro
Para enchê-lo de beijo,
de carinho e abraço!
Para ouvir sua voz,
Sentir seu cheiro,
E rolar um amasso!
Para ficarmos juntos
A conversar
Sobre tudo
E depois amar...
Bem gostoso
De todas as formas
E ao cair da noite
Começar de novo!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SAUDADE - Marília Rodrigues Alencar - Out. 2009.

"Saudade
É amor
Que não vai embora,
Nem à distância,
Nem quando morre...
Saudade
É amor
Que se eterniza...
Saudade
É amor
Mesmo sem ver,
Sem tocar,
Ou sem sentir...
Saudade
Só se tem
Quando há amor...
Saudade
do cheiro, do olhar,
da pele, do toque...
Saudade
Só se sente
Não se explica".

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Só Deus é", De Roberto Antônio Rodrigues, da obra "Dois Poetas Algumas Poesias", editora Catavento, Maceió, 2006.

"Na presença da dor
Quem sou?
Nada!

Na alegria da vida
Sou tudo
Pleno!

A alegria mascara
A dor escancara
E declara
Só Deus é!"


Roberto Antônio é natural de Piranhas - Alagoas, Engenheiro Civil especializado em Engenharia do Petróleo, consultor de empresas na área de Gestão pela Qualidade, Diretor Administrativo da Fndação Arquidiocesana de Cultura e membro do Conselho da Pastoral da Paróquia de São José da Arquidiocese de Aracaju - SE.

"O amor é cego" - Pedro César da Silva, da obra "Janelas", editora futurArte poesia, Rio de Janeiro, 2009.

"O meu amor
Te procura
O teu amor
Me encontra
E me guia
Por ruas
Escuras.
Perdidos
E sem luz
Seguimos abraçados
E atravessamos as ruas
Guiados pelo acaso".

"A palavra vira Poesia" - Pedro César da Silva, "Janelas", 2009.

"A palavra
Vaza da alma,
Vaza da boca,
Vaza da gente,
Vira poeira,
Dobra esquina,
Ganha o dia.
Vira estrela,
Rodeia a lua,
Cai da noite,
Faz chorar
Dá brilho ao olhar
E vira poesia
Na vida da gente".

Pedro César da Silva é natural de Maceió - AL, graduado em Jornalismo e História pela Universidade Federal de Alagoas e funcionário ímpar do Hospital Escola Dr. Portugal Ramalho. "Janelas" é sua segunda obra, publicada pela editora futurArte poesia - Rio de Janeiro, em 2009. A primeira é Absoluto obsoleto publicado em parceria com José da Guia Silva, em 1994.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"Um tempo" - Da obra "Janelas", de Pedro César da Silva, 2009.

"Um tempo"

"De repente a gente
Inventa um tempo
Para se perder.
Um tempo
Dentro de outro
Tempo,
De um tempo maior.
Às vezes, deixamos no
Tempo um hiato
Um tempo que pode
Até nos faltar,
Mas foi esse tempo
Criado,
Que fez com que
O medo não sufoque,
Que ele se perca
No tempo
Que distante
Se vai".

VOCÊ - Marília Rodrigues Alencar.

Você é para mim
Um sonho,
Um conto de fadas...
Onde tudo
Graças a Deus
É real
E pra lá de original!
Cada dia ao seu lado
Convenço-me mais
do meu amor por você
Que só tende a crescer!
Você é minha luz,
Minha razão de viver,
Minha outra metade,
Meu anjo, meu céu.
Sem você, meu amor,
Sou como igreja sem sino,
Como luar sem lua,
Como estrela sem luz.
Só desejo a você
Paz, amor, sucesso,
todos os sonhos quitados,
uma vida feliz.
E se Deus permitir
Quero estar sempre ao seu lado
Enchendo você de carinho
Fazendo-o sorrir!
E espero que saiba
E que jamais se esqueça
Que meu amor por você
É maior que o planeta
Maior que o céu e a terra
Que a água e o ar
E que não terá fim
Enquanto houver vida vou amar!

FELICIDADE

"FELICIDADE" - Marília Rodriges Alencar.

Felicidade
Se constrói
De pequenos
E simples
momentos.

Felicidade
Se faz
E se planta
Em nós
De acordo
Com nosso espírito.

Felicidade
Está aqui
Está aí
Está dentro
do peito.

Felicidade
É ter sempre
você por perto!

Felicidade
É amar
e ser amado
sem medo!

domingo, 6 de setembro de 2009

Aniversário - 29 primaveras - Marília R. Alencar

Às vésperas
de mais uma
primavera...

Prestes
a alcançar
os meus vinte e nove...

Anos de paixão,
de alegria
e encantamento...

Mas, também,
de dúvidas
e incertezas...

De agonias,
tristezas,
pesar, sofrer...

mas, na balança,
se eu ponderar,
sou muito feliz
em viver!

Fantasias - Poesia de Marília Rodrigues Alencar

Fantasias

desvairadas

povoam

o pensamento...



Devaneios,

insanidade,

loucuras...



De amor,

de paixão,

de tesão...



Arrebentam

com tudo

o coração...

Dançar - poesia de Marília Rodriges Alencar

A dança
Inspira-me
A viver
E a respirar
Poesia!
Dançando
O sangue flui melhor
O pensamento vem leve
Traz de volta
O sonho!
Dançar
Traz-me lembranças
De alegria
E paixão
Por você!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

"A morte" - Paixão acesa, 2009, Marília Rodriges Alencar.

As flores
Num caixão.
No cemitério,
Solidão.

A morte vem,
Não avisa,
Não quer saber
De quem ficou.

Não diz quando chega.
Não sei se há luz,
Se há trevas,
Escuridão...

É um mistério,
Um encontro
Com Deus
Ou com o diabo...

Não pede licença
Para aparecer
Acabando sonhos,
Fazendo sofrer...

Na noite escura,
Corujas a piar,
Pessoas na rua
Aguardam a morte
Chegar...

"Amo" - Paixão acesa, 2009, Marília Rodrigues Alencar.

Amo
Somente!
Amo
Pra sempre!
Sou sua...
De corpo, de alma...
Doei meu coração
Não sei me repartir
Nasci pra você!
Não tem por quê!
Amo com o coração
Não há explicação!

"Amor" - Paixão acesa - 2009 - Marília Rodrigues Alencar.

Deitada em minha cama
Muito bem acompanhada
A paixão em chama
Acende o fogo do desejo.

Homenagem aos pais - "Paizinho querido" - de Marília Rodrigues Alencar - da obra: Paixão acesa - 2009.

Paizinho, meu queridinho,
Quero logo lhe falar
Não há pai melhor no mundo
Não há outro em nenhum lugar!

E, de todo meu coração,
Com emoção quero dizer
Vida e paixão semeia você
Prega a fé em Deus e entre irmãos!

É um pai muito amoroso
Atencioso e correto
Não há ninguém assim tão certo
Nada me falta, nem um pouco!

Pois, assim, quero fechar:
Abrindo todo meu coração
Para sempre vou amá-lo
Desejo saúde, sorte, união!

domingo, 12 de julho de 2009

Alagoas - Nova poesia de Marília Rodrigues Alencar

Um estado
de miséria,
de pobreza,
de desordem!

Porém,
de uma natureza
tão rica,
diria até nobre!

Terra de muitas águas,
mares azuis,
Lagoa Mundaú!

Cheia de um coqueiral
E um povo festeiro,
sem igual!

Gente simples
mas de um grande
coração!

Estado pequeno
mas de muita
curtição!

Piranhas - Poesia nova de Marília Rodrigues Alencar

Um minuto
nesta terra
Um minuto
a refletir...

Nesta cidade
entre montes
com estrelas
a luzir!

No final,
há o São Francisco
Acima,
o mirante!

Do mirante
vê-se o rio
e a cidade inteira
brilhante!

O sobrado,

a igrejinha,
estas casas
de lapinha!

Parece
um desenho
um quadro
uma maquete!

Deus,
quando a pintou,
Deveria estar
inspirado!

Pois, criou
uma bela cidade
tal como um mundo
encantado!

"Febre" - De Marília Rodriges Alencar. Inverno de 2009.

Ando triste
Nem sei porque
Desconfio ser saudade
de você...

Ardo em febre
Sinto calafrio
Por estar só
a ver navio...

Sinto falta
Do seu abraço
Do seu amasso...

Fico a lembrar
Do seu jeitinho
Do seu carinho...

Rio em flor de janeiro - um trechinho da poesia de Carlos Drummond de Andrade

"A gente passa, a gente olha, a gente pára
e se extasia.
Que aconteceu com esta cidade
da noite para o dia?
O Rio de Janeiro virou flor
nas praças, nos jardins dos edifícios,
no Parque do Flamengo nem se fala:
é flor é flor é flor
uma soberba flor por sobre todas,
e a ela rendo meu tributo apaixonado.

...

Isto é janeiro e é Rio de Janeiro
janeiramente flor por todo lado.
Você já viu? Você já reparou?
Andou mais devagar, para curtir
essa inefável fonte de prazer:
a forma organizada
rigorosa
esculpintra da natureza em festa, puro agrado
da Terra para homens e mulheres
que faz do mundo obra de arte
total universal, para quem sabe
( e é tão simples)
ver?"

O tempo passa? Não passa - Carlos Drummond de Andrade

O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

São mitos do calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.

domingo, 5 de julho de 2009

"Saudades eu sinto do seu olhar, saudades do seu sorriso, do seu tocar...
Não vejo a hora de você chegar, voltar aos meus braços para eu poder beijá-lo...
E sussurrar ao seu ouvido mais uma vez que meu amor é tão grande, quase uma insensatez...
Insensatez não é porque tudo é real... Amo você pra sempre! Você é especial...
E, quero, finalmente, abrir meu coração: Dizer que estou o esperando, para doar-me com paixão!" - Marília Rodrigues Alencar. 04.07.09

William Shakespeare

"O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno."
William Shakespeare.

Infinito particular - Arnaldo Antunes, Marisa Monte e carlinhos Brown

"Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Não vê, tá na cara,
Sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular.

Meu amanhã - Lenine

"Ela é minha delícia
O meu adorno
Janela de retorno
Uma viagem sideral
Ela é minha sina
O meu cinema
A tela da minha cena
A cerca do meu quintal
Minha meta, minha metade
Minha seta, minha saudade
Minha diva, meu divã
Minha manha, meu amanhã
Ela é minha bela
Meu brinquedo
Minha certeza, meu medo
É meu céu e meu mal
Ela é o meu vício
E dependência
Incansável paciência
E o desfecho final
Meu fá, minha fã
A massa e a maçã
Minha diva, meu divã
Minha manha, meu amanhã
Meu lá, minha lã
Minha paga, minha pagã
Meu velar, meu avelã
Amor em Roma, aroma de romã
O sal e o são
O que é certo, o que é sertão
Meu Tao, e o meu tão...
Nau de Nassau, minha nação". De Lenine.

FERNANDO PESSOA

"Há um tempo
Em que é preciso abandonar as roupas usadas,
Que já têm a forma do nosso corpo,
E esquecer os velhos caminhos,
Que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia:
E, se não ousarmos fazê-la,
Teremos ficado, para sempre,
À margem de nós mesmos."

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sim! Nova Poesia de Marília Rodrigues Alencar

Sim!
Eu digo sim!
Ao amor, à vida,
Ao brilho, ao prazer!
À luta pela paz,
Ao fim do preconceito,
À saúde, aos animais!
Ao trabalho honesto,
Ao amigo do peito...
Digo sim!
À família,
À religião,
Às raças,
À união!
Ao flamengo,
Ao CSA,
Ao Brasil,
Ao Ceará!
Digo sim!
À Floresta Amazônica,
Às matas,
Ao pantanal...
Digo sim
À natureza,
Ao amor
Incondicional!
Ao papai,
À mamãe,
Ao vovô
E à vovó!
E aos filhos
Que virão
Digo sim
Com um sorrisão...

Não... Poesia nova de Marília Rodrigues Alencar

Não me peça palavras
Já não sei me expressar
Não me peça provas
Que não posso dar
Não me peça carinho
Que tudo já lhe ofertei
Não me dê espinhos
Com todo amor que te dei
Não me peça explicação
Do que não sei explicar
Não me peça perdão
Não há nada a perdoar
Não me peça um abraço
Pois mais que isso te dou
Não me peça um amasso
Quero mais que uma noite de amor!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Amore - Do livro Paixão acesa - 2009 - Marília Rodrigues Alencar - A Antunes.

Amore

Amore
Que quero bem
Como a ninguém!

Amore
Fez-me sorrir
Ser feliz!

Sentir-me amada
Mulher saciada
Menina acanhada...

Um pouco menina
Um pouco mulher
De bem com a vida!

Com a sorte grande
Ganhei você
Em meu viver!


Quero ser - Do livro Paixão acesa - 2009 - Marília Rodrigues Alencar - À Rosiane Rodrigues.

Quero ser

Quero ser
Como você
Mãe na essência
Menina na face
Mulher no ser!

Quero ser
Talentosa assim
Saber escrever
Saber viver
Cuidar de mim!

Quero ser
Amada e amiga
Ser admirada
Viver encantada
Por ser sua filha!

Lua Cheia - Marília Rodrigues Alencar - Do livro Paixão acesa - 2009

Lua cheia

Noite de lua cheia
A rua clareia
O sexo aflora
Mulher vira sereia
Homem, lobisomem
Loucos, mais loucos
Corações sensíveis
Lágrimas escorregam
Choro corre solto
Timidez tem fim
Sorrisos viram gargalhadas
Os mudos tornam-se calados
Os calados, tagarelas
Os tagarelas, ninguém agüenta
O mundo vira pelo avesso
E só volta ao seu lugar
Quando a lua cheia passar...

Aniversário de Marília - Evaldo moreira - 2007

Aniversário de Marília
(Evaldo Moreira 2007)



Numa vasta cabana de um local
Chamada de Massayó
Nasceu num fim de outono e começo de inverno uma flor...
O tempo passou
A Massayó e suas lagoas
Cresceu de certa forma formosa
Sendo chamada de Maceió,
E a flor???


A flor cresceu, floresceu
A menina virou mulher
E novo horizonte buscou.


Não sei, se Lila, que mais nada adianta sabê-la
Pois que já estais em outro momento
E os peixes hão de beber por ti
Quando as águas das belas lagoas aparecerem...


Aqui, só o mar sabe seus últimos segredos...
Alencar, é sobrenome, e este é de famílias e
A hora é de nome curto,
Fácil, gostoso...


Marília, são muitas que não se dizem,
Mas não enganam
Lila, caprina, pulante, errante, de fala arrastada
Que nem as costas ricas dos grandes centros
Fizeram a mudar.


Lila menina, melina
Teu nome é mais que nome, teu nome é hino
Pois nesta data tão bela
Seus amigos, seus amores, suas paixões
Hão de gritar bem alto
Pra que o mundo possa ouvir
Que numa data igual a esta
Nasceu para os pais, os irmãos e amigos
E também para mim
Uma linda menina, que simplesmente chamamos de
------ L I L A --------

Ser poeta - Florbela Espanca

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Soneto de fidelidade - Vinícius de Morais

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes com tal zelo e sempre e tanto
Que mesmo em face do meu maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive):
Que seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

O auto-retrato - Mário Quintana

"No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas
de que nem há muita lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,

no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco! "

Rifa-se um coração - Clarice Lispector

Rifa-se um Coração – Clarice Lispector

Rifa-se um coração quase novo.Um coração idealista.Um coração como poucos.Um coração à moda antiga.Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado,muito machucado e que teima em alimentar sonhos e cultivar ilusões.Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quandoescreveu... "...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que euespero...".Um idealista... Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.Esse coração que erra, briga, se expõe.Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.Este coração tantas vezes incompreendido.Tantas vezes provocado.Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo,defendendo-se das emoções.


Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e se recusa a envelhecer"

Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.Um órgão mais fiel ao seu usuário.Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.

Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.Um simples coração humano.Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.Um modelo cheio de defeitos que mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.

Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter apetulância de se aventurar como poeta.

Anjo de mim - De Rosiane Rodrigues - A tentação do Anjo - 2001

Anjo de mim

até quando serás
a outra metade de mim?
até quando terás
certeza de amor sem fim?

podes sofrer ou sorrir
enlaçados desejos
e não conseguir medir
força vital dos medos

tantas vezes insegura
tão longe e tão perto,
numa vida obscura
de um futuro incerto

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Amante - Paixão acesa - 2009

Um ser
Errado, errante
Amante!

Sou, fui, serei!
Errei, tentei, acertei...
Fui adiante!

Caí, escorreguei
Reergui, levantei!
Hoje subi!

Subi e agucei
Meu ego feliz
Sou muito mais
Que imaginei!

Adquira o livro Paixão Acesa!!!!

Na Livraria "Nossa Livraria" - Av. Moreira e Silva - Ao lado da Assembléia de Deus do Farol, em frente a embratel - Fone 3336 - 1344;

Com a autora: Marília - através do fone 8812-6756 ou e-mail mariliarcalencar@hotmail.com;

Nas bancas de revista em Maceió:

Porto Seguro - Centenário;
Hiper - Gruta de Lourdes;
Alagoinhas - Orla;
Unicompra - Farol.

Recomeço - Marília Rodrigues Alencar - Da obra Paixão Acesa - 2009

Todo fim
Tem um começo
Ou recomeço...

Termina um ano
Começa outro
Termina-se a infância
Vem a adolescência.

Conclui-se o colégio
Vem a faculdade
Gradua-se na universidade
Chega a vida profissional...

Acaba-se um relacionamento
Abrem-se as portas
Para um novo namoro...
Uma nova paixão...

Acaba-se a primavera
Chega o verão!
Após uma tempestade
Vem o arco-íris!

Passa-se uma decepção
Vem a calmaria
Fecha-se uma porta
Abrem-se novas janelas!

E assim aconteceu...
Em meu viver...
Estava fechada
Mas conheci o amor!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Paixão acesa - Marília Rodrigues Alencar - 2009

Marília e sua revelação...

Desde o nascimento da poesia, o amor tem sido o tema mais abordado; entretanto, falar do amor e suas infinitas fases é um desafio que poucos poetas, dos diversos movimentos literários, realizaram com maestria.
Talvez os românticos clamem para si este título; todavia, sua visão sobre o amor foi limitada pela desilusão, conhecida como mal do século. Por outro lado, os parnasianos afirmam que nenhumoutro poderia falar falar de um tema com a escolha perfeita de métrica e palavras quanto eles; no entanto, o amor não pode ser descrito com a frieza obtida pela busca da perfeição estética.
Os saudosistas lembrarão de poemas líricos tão antigos quanto à civilização, mas, ainda assim, apenas poucas faces desse sentimento puderam ser abordadas pelos grandes escritores dessa corrente.
Os modernistas quebraram barreiras e tabus, escrevendo sobre o amor de outras formas, mas ele continua a ser o mesmo descrito pela formalidade estética, pela desilusão do Romantismo do século XIX, ou pelo lirismo de eras mais antigas.
É dentro desse contexto que a poesia de Marília se revela. Em seu livro Paixão Acesa ela fala do amor sob diversas facetas: o amor infantil, o adolescente, o religioso, o familiar, o fraterno e, sobretudo, o sensual. Uma jovem tímida, que desnuda sua intimidade, seus medos, frustrações e desejos através de seus versos. Ela fala de desilusão e também de esperança, brindando-nos com uma poesia ardente, envolvente e sincera. Se como diz o mestre Fernando Pessoa em sua Autopsicografia,

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente..."

Marília se revela como uma fingidora, que sente a dor que finge, mas, sobretudo, vive intensamente o amor que escreve.

Maceió, no início do verão de 2008.

Márcio André Rodrigues Cavalcanti de Alencar.

Professor Doutor em Física.